
Quem foi Santa Hildegarda de Bigen e qual o Conceito de Víriditas?
Santa Hildegarda de Bingen foi uma religiosa e mística do século XII, que teve uma grande influência no pensamento religioso e filosófico da sua época. Ela é conhecida não apenas por suas obras teológicas e musicais, mas também por suas visões místicas, que revelavam uma compreensão profunda da natureza divina e da criação. Um dos conceitos mais fascinantes nas suas visões é o de “víriditas”.
O Conceito de Víriditas
Mas o que exatamente é víriditas? A palavra “víriditas” vem do latim e pode ser traduzida como “verdor” ou “verdejante”. Em termos simples, ela se refere à qualidade de ser verde, fresco e vibrante. No contexto das visões de Santa Hildegarda, víriditas é muito mais do que apenas uma cor ou uma característica física. Para ela, representa uma energia espiritual e vital que permeia toda a criação.
Santa Hildegarda descreveu víriditas como uma espécie de força vital que está presente em todas as coisas. Em suas visões, ela via a víriditas como uma força divina que trazia vida e renovação ao mundo. Esta energia verde era, para ela, uma manifestação da presença de Deus em todas as partes da criação. A víriditas é uma qualidade que dá vida e crescimento, sendo essencial para a saúde e a beleza do mundo natural.
Hildegarda via a víriditas como uma característica fundamental das plantas e dos seres vivos. Ela acreditava que as plantas não eram apenas organismos biológicos, mas que elas possuíam uma dimensão espiritual profunda. A cor verde, então, não era apenas uma característica estética, mas uma expressão da energia divina que faz as plantas crescerem e florescerem. Para ela, a víriditas era a energia que Deus infundia na natureza, e isso se manifestava na vitalidade das plantas e na exuberância da vegetação.
Em suas visões, Santa Hildegarda frequentemente descrevia a víriditas como algo que trazia cura e renovação. Ela acreditava que a presença dessa energia verde era uma forma de Deus restaurar e regenerar a criação. Quando as pessoas estavam doentes ou desgastadas, a víriditas podia oferecer uma espécie de cura espiritual e física. Por isso, em muitas de suas receitas e remédios, Hildegarda usava ervas e plantas que ela acreditava serem especialmente carregadas com essa energia vital.
Hildegarda também relacionava a víriditas com o próprio desenvolvimento espiritual dos seres humanos. Para ela, o crescimento espiritual era como o crescimento das plantas: ambos requeriam uma espécie de nutriente divino. A víriditas, então, não era apenas algo que estava presente no mundo natural, mas também era uma forma de Deus agir na vida das pessoas, ajudando-as a crescer e florescer espiritualmente.
Além disso, Hildegarda acreditava que a víriditas era uma forma de Deus se manifestar em tudo o que Ele criou. Em suas visões, ela via a víriditas como uma ponte entre o divino e o mundo material. Por isso, ela tinha um profundo respeito pela natureza e acreditava que cuidar dela era uma forma de honrar a Deus. As plantas, com sua víriditas, eram vistas como testemunhas da criação divina e da bondade de Deus.
Para Santa Hildegarda, entender a víriditas era também entender a própria presença de Deus no mundo. Ela via a energia verde como uma expressão direta da criatividade e da vitalidade divina. Quando ela falava sobre a víriditas, estava falando sobre a maneira como Deus dá vida e sustenta a criação. Era uma forma de perceber e experimentar a presença de Deus em cada folha, em cada planta e em cada ser vivo.
Em resumo, a víriditas é um conceito muito especial nas visões de Santa Hildegarda de Bingen. Ela descreveu a víriditas como uma força divina que traz vida, crescimento e renovação para o mundo natural e para a vida espiritual das pessoas. Para Hildegarda, a víriditas era uma expressão direta da presença e da bondade de Deus em toda a criação, e entender essa energia verde era uma maneira de se conectar mais profundamente com o divino. Assim, a visão de Hildegarda sobre a víriditas nos convida a ver o mundo de uma maneira mais espiritual e reverente, reconhecendo a presença divina em cada aspecto da vida e da natureza.
Em Qual Obra Santa Hildegarda fala sobre
Veríditas?

Santa Hildegarda de Bingen fala sobre o conceito de víriditas principalmente em sua obra “Scivias” (ou “Scivias: Conhece os Caminhos”). “Scivias”, que significa “Conhece os Caminhos” em latim, é uma das principais obras visionárias de Hildegarda, escrita entre 1141 e 1151.
Nesta obra, Hildegarda descreve suas visões místicas e suas interpretações sobre a natureza espiritual e divina da criação. O conceito de víriditas aparece nas descrições de como a vitalidade e a força divina permeiam o mundo natural, manifestando-se através das plantas e da vegetação. Em “Scivias”, Hildegarda usa a víriditas para ilustrar como Deus infunde vida e renovação na criação, associando a cor verde não apenas à vegetação, mas também à presença espiritual e à cura.
Além de “Scivias”, o conceito de víriditas também é mencionado em sua outra obra importante, “Physica” (ou “Physica: Livro das Causas e das Propriedades das Coisas”), onde ela explora as propriedades das plantas e como elas contribuem para a saúde e o bem-estar humano. Neste livro, Hildegarda detalha como a víriditas, ou o “verdor” das plantas, possui propriedades curativas e é uma expressão da força vital divina.
Portanto, para uma compreensão mais profunda de como Santa Hildegarda aborda o conceito de víriditas, “Scivias” é a obra principal onde ela discute a víriditas em um contexto espiritual e místico, enquanto “Physica” oferece uma perspectiva sobre suas propriedades e importância para a saúde e a cura.
Conheça a novena de Santa Hildegarda de Bigen:
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